"Dumb ways to die" é uma campanha australiana que chama a atenção para um problema frequente na região: os acidentes nas linhas férreas, porém tratado de uma maneira bonitinha e até grudenta.
Em música, relatam diversas maneiras - estúpidas - de morrer e em vídeo, ilustram.
A ideia de algo mais "infantil" da agência McCann Erickson - criadora da ação - desligado de algo carregado de cenas fortes, criou personagens bobos que morrem, no decorrer do vídeo, de maneiras inusitadas levados por ações estúpidas, dando humor à ação, prendendo o público ao material.
No vídeo, nota-se o quão estúpido é colocar fogo no próprio cabelo, o quão perigoso pode ser fazer as próprias instalações elétricas da sua casa, esconder-se dentro de uma lavadoura de roupas até usar suas partes íntimas como isca de piranha e o quão trágico pode ser tirar o capacete no espaço, vestir-se de alce em temporada de caça e até ficar em pé próximo a plataforma da estação de trem, atravessá-la ou até tentar furar a cancela da passagem de nível.
No vídeo, nota-se o quão estúpido é colocar fogo no próprio cabelo, o quão perigoso pode ser fazer as próprias instalações elétricas da sua casa, esconder-se dentro de uma lavadoura de roupas até usar suas partes íntimas como isca de piranha e o quão trágico pode ser tirar o capacete no espaço, vestir-se de alce em temporada de caça e até ficar em pé próximo a plataforma da estação de trem, atravessá-la ou até tentar furar a cancela da passagem de nível.
Chamar a atenção por meio de imagens fortes e chocantes é uma técnica muito utilizada em diversos países, mesmo assim uma campanha para atingir seu objetivo precisa, acima de tudo, trazer algo diferente que atinja seu público de maneira inesperada, causando impacto de tal forma a deixar uma incógnita no ar, neste caso por exemplo: eu estava rindo de algo trágico?
Outra campanha genial, que vale a pena citar, da NSPCC, contra a violência doméstica contra a criança.
Na ação, um personagem em desenho animado se mistura ao mundo real, onde sofre agressões do pai e, no final, mostra-se como uma criança de verdade, a qual não tem outra chance.
Cada vez mais, utiliza-se mais desenhos "fofinhos" com conotação trágica, o que é excelente para fugir de certos dogmas forçados que defendem o trágico pelo trágico.
Você o induz a sorrir para o problema e, então, sente-se mal por isso, atingindo-o.
Não acho que campanhas que apelem a cenas chocantes sejam, necessariamente, ruins, penso termos mercado disponível para todo o tipo de ação, porém em alguns meios possa ser muito mais eficiente você conseguir mostrar a realidade prendendo a atenção de público com algo, deveras, engraçado, do que o impactar com imagens chocantes.
Talvez isso indique vivermos em uma sociedade "bobalhona", não?
Enfim, vamos ao vídeo:
- mccann.com
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